Em uma sociedade onde a felicidade é vista como um parâmetro a ser seguido, discutir sobre
ela torna-se algo complexo. Afinal, por que discutir sobre a felicidade se o que está posto é que
devemos tê-la e buscá-la, independente de tudo? Instruídos a pensar que “ser feliz” é dotar-se
de um certo tipo de otimismo e positividade, excluem-se angústias, sofrimentos, decepções,
além de diversas outras experiências constituídas ao longo da vida. Embora o fenômeno da
felicidade tenha tido sua origem no pensamento dos filósofos antigos, é na modernidade que as
formas de a significar se ramificam para as mais diferentes esferas de entendimento. A
importância de refletir sobre o que está consolidado como um aspecto positivo, somente,
relacionado à felicidade, permite-se considerar que há vertentes de entendimento que, para além da experiência positiva, a felicidade é concebida de forma específica e distinta na vida de cada pessoa, em suas experiências. |