Qualquer coisa que possa ameaçar a vida ou interrompe-la de maneira precipitada, levando à
morte, frequentemente causa certo temor. A vida, não raro, é experimentada como extremamente
frágil e as doenças - mais precisamente as doenças graves ou que não possuem cura - se
constituem como um dos fatores que pode impedir a vida, impedindo assim o ser humano de
continuar sendo. Levando isso em consideração, o presente estudo tem como propósito
compreender como é para o ser humano viver ante a expectativa da morte trazida pelo
diagnóstico médico de câncer; e entender como a ideia da morte e a ressignificação da vida se
apresentam para o sujeito associada com a experiência ou a expectativa do adoecimento. Assim,
trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória de base fenomenológica erigida a partir de
entrevistas com três mulheres adultas, escolhidas por indicação e que em algum momento de suas
vidas receberam o diagnóstico de câncer. |