O artigo apresenta a evolução das várias concepções do “existir” que sob a perspectiva da comunicação, deram origem à dimensão virtual. O estudo situa quatro abordagens distintas: mítica-filosófica, metafísica, ontológica e ciberespacial. A análise percorre uma linha de tempo que inicia no insólito templo Delphos, na Grécia clássica, e desloca-se na direção de um novo ecossistema de informações, denominado “ciberespaço”. Propõe especular sobre a origem indiciária do homem, demonstrando que na sua longa caminhada, entre o zôon logistikón e o zôon politikón, se desloca do virtual para o real, como se o conhecimento fosse o resultado de uma reconstrução de códigos e informações desterritorializadas. Introduz a idéia de que o conhecimento da humanidade é apresentado como um somatório de passados, constituídos no tempo e no espaço, definido por formas de comunicação virtuais, que se inscreve como um dos processos que lhe atribuíram a vida no real. |