A relação corpo e mente e as suposições de unicidade e separação marcam o pensamento
filosófico a longa data, bem como a ciência, deixando suas heranças no pensamento ocidental. Parece ser pressuposto básico de uma relação pensar que é no corpo que os seres humanos sentem as dores tanto corporais como as da alma. Tal concepção encontra raízes na crescente medicalização da vida e na farmacologização do corpo, que parecem se distanciar da potência desta relação, que foi apresentada nesta pesquisa como relação corpo e subjetividade. A partir deste contexto, por meio de uma revisão de literatura, sob a perspectiva da Psicanálise, esta pesquisa pretendeu apresentar a relação corpo e mente como histórico, político e socialmente construída, questionando-a em ruptura com os processos hegemônicos de medicalização da vida e farmacologização do corpo, procurando, no brincar, manifestações que possibilitem esta ruptura. |