A osteorradionecrose é uma complicação odontológica que pode ocorrer anos após a radioterapia (DEMINAN e EDID, 2014), principalmente, devido à negligência dos Cirurgiões-Dentistas (CD) no exame clínico, o qual é de fundamental importância para a identificação e conhecimento do histórico clínico do paciente, tornando-se imprescindível nos casos de radioterapia em cabeça e pescoço. A incidência da osteorradionecrose é maior em idosos (10% a 37%) e afeta na maioria das vezes as regiões da mandíbula, ocorrendo sete vezes mais nessa região do que na maxila, em decorrência da alta densidade óssea e menor vascularização do arco inferior (ROLIM, COSTA e RAMALHO, 2011). A irradiação ionizante da radioterapia promove o estreitamento dos vasos sanguíneos e ao diminuir o fluxo sanguíneo, produz uma área pouco resistente a traumas e com difícil capacidade de regeneração, reduzindo a atividade dos osteoblastos viáveis no osso afetado. |